quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Recados da minha mãe

Estou meio sem tempo de postar aqui. Agora o livro está andando bem.

Prometi colocar mais textos meus, mas queria mesmo era colocar alguns pedaços dos livros que tenho lido. Mas como eles estão longes agora e eu estou com preguiça, vou colocar alguns sms que minha mãe me mandou. Ela aprendeu esses dias como enviar e agora é sua nova diversão. rs

"Lavagirl desejando um bom dia para o Sharkboy. Até a batcaverna beijos"

"Vou ter que revelar minha identidade? Você não se liga no vocabulário de herói?" (quando perguntei quem era no sms anterior rs)

"Vamos conquistar o mundo da gastronomia hj" (essa não entendi rs)

"Vc acha que dinheiro dá em árvore? Dolar tudo bem, real a gente pega no banco" (eu realmente não sei oq os alunos dela andam dando pra ela usar)

"Sharkboy, Nonsense já está peituda. Tá dormindo. Deu tudo certo? beijos lavagirl" (Nonsense é minha irmã e esse foi o jeito da mãe falar que a operação da minha irmça que colocou silicone correu bem)

Enfim. Espero que todos estejam bem, apesar que faz tempo que ninguém vem aqui.

Beijos

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A cruz e a espada

Preciso parar de colocar coisas que não são minhas.

Mas de qualquer jeito, é um blog pra daqui há tempos eu saber como me sentia, se é que até lá estarei vivo.

Então, Essa é a música que tenho escutado 24 horas por dia. Muito linda por sinal.

PS nada a ver com o post antes de colocar a música: Acho que já achei uma "editora" pro meu livro. Agora é só terminar de escrever. Logo coloco os capítulos que já estão prontos aqui.

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Havia um tempo em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu
Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa o que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar
Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E agora é tarde, acordo tarde
Do meu lado alguém que eu nem conhecia
Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia
Agora eu vejo,
Aquele beijo era o fim, ah era o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E nunca mais, nunca mais, ou...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Saudades

Quando a gente perde alguém que ama, é foda.

Com o tempo, a dor vai lá pro fundo do coração, bem fundo mesmo. Não é como se você se esquecesse da pessoa, ela ainda está lá, mas não dói sempre.

Só que as vezes, a realidade vem e bate na sua cara com tudo. Falando coisas tipo "acorda, você nunca mais vai ver essa pessoa".

Hoje eu acordei assim. Com uma saudades imensas da minha vó e do meu vô. Uma vontade de pegar o primeiro ônibus pra Osasco, andar até o prédio em que eles moravam 20 anos atrás e onde passei minha infância, e ficar ali, só olhando e relembrando os bons momentos que tive com ambos. Fica aqui então minha lembrança pra minha avó que é a pessoa que eu mais amei na vida, e meu vô um grande homem, que eu amei demais e ainda amo.

Espero que estejam bem onde estiverem.



sábado, 3 de dezembro de 2011

Adeus, você.

Fazia tempo que eu não escrevia aqui. Tenho várias coisas pra contar, tenho escrito meu livro, tenho feito algumas coisas.

Pensei muito se escreveria esse post ou não. Primeiro por que é uma coisa muito particular minha. Segundo por que não é nada que vá fazer diferença pra alguém.

Mas resolvi por escrever.

Muitos anos atrás, escrevi aquele texto chamado "memórias" não foi escrito pra ninguém específico, mas muita gente achava que tinha sido sim. E engraçado que apesar de ter escrito coisas bonitas lá, realmente não havia sido pra ninguém. E agora que teria todos os motivos pra escrever coisas bonitas, elas (as palavras) não saem.

Quem me conhece sabe que eu quase sempre estou gostando de alguém. Eu confesso que me apego fácil as pessoas. Porém, tem uma diferença entre o se apegar, gostar e amar.

Amar, amar mesmo, eu amei três vezes. A primeira vez foi na escola, mas nunca aconteceu nada. E nem é desse amor que quero falar. A terceira é um amor platônico, com quem provavelmente não irei mais conversar. Dessa vez, o adeus, me pareceu mesmo definitivo.

Mas quero falar da unica vez que eu amei e aconteceu alguma coisa.

Não lembro como nos conhecemos. Eu era muito novo, devia ter uns dezessete anos. Ela morava em São Paulo. Com dezesseis anos e sem dinheiro, São Paulo é tipo do outro lado do mundo. Ou seja, apesar de no começo, conversarmos sempre por ICQ (pois é estou ficando velho), era muito raro nos vermos.

A música Eduardo e Mônica me vem muito na cabeça. Eu sempre fui assim, como sou agora. Meio nerd. chatinho, fazendo piadas bobas, na época era muito mais ingênuo do que sou agora. E ela sempre namorou caras desses mais malandros de Sampa. Tipo carinhas de periferia que falam "mano" e "tá ligado" (sim eu também falo essas coisas, mas eles falam com sotaque de bandido mesmo não sendo).

Ela também não fazia exatamente o meu estilo em questão de aparência. Nunca fui fã de loiras, mesmo ela sendo uma daquelas de parar o trânsito. Não sei o que ela viu em mim, mas enfim.

O amor é uma daquelas coisas que surge meio sem querer e quando você percebe, fudeu, não tem mais nada que possa fazer a respeito.

O fato é que nunca namoramos, namoramos mesmo, pela distância que na época parecia intransponível, mas nós "ficamos juntos" por uns dois anos. Era uma coisa diferente. Tipo uma confiança que nunca senti na vida. Eu sabia que ninguém ia nunca me tirar o lugar no coração dela e tenho certeza que ela sabia disso também em relação a mim.

Lembro de duas coisas principalmente, que me marcaram muito. Certa vez, estávamos há meses sem nos ver, eu consegui ir pra Sampa. Tinha programado um final de semana maravilhoso, com várias coisinhas íamos há um show, enfim, seria muito legal. E não lembro por quê, mas deu tudo errado. O sábado perfeito foi um sábado embaixo de um puta sol escaldante, andando de um lado pra outro igual dois retardados, ficando horas no metrô. Eu estava muito triste de nada ter dado certo. Ela percebeu e enquanto estava no metrô, me abraçou pela cintura e disse no meu ouvido "Pra mim esse sábado está sendo maravilhoso. Você tá aqui comigo".

Outra vez, nós já não nos falávamos há muito tempo, Quando um dia ela apareceu no msn, chorando. Disse que havia sofrido um aborto espontâneo. E que ela estava péssima, e se sentia horrível, por que quando soube que não estava mais grávida, ela ficou feliz pois achava que se estivesse grávida de outro nunca mais poderíamos ficar juntos.

Bom, nós nunca ficamos juntos. E pra falar a verdade, mal conversávamos nos últimos tempos. Não tinha mais vontade de ter nada com ela, como sei que era recíproco da parte dela. O que tivemos, tivemos, mas já tinha acabado. havia sobrado o carinho, e um outro tipo de amor, mas não o que faz as pessoas ficarem juntas e terem filhos.

Eramos tipo o porto seguro um do outro eu acho. Mesmo depois de um ano sem nos falar, eu já estava namorando, ela quase casada. Se nos falássemos o carinho era o mesmo. Acho que quando um ou outro precisava se sentir amado e querido, procurava o outro. E por isso mesmo nunca mais tivemos nada. Já não tinha dado certo uma vez, era melhor ter esse carinho de longe, de saber que um poderia mexer com o outro e dar apoio nas horas tristes, do que arriscar de novo e nos perder. Mas era engraçado o jeito que ela falava "porra gustavo a gente fica anos sem se falar e você conversa comigo em 2 horas já ta mexendo comigo".

Bom, fazia tempo que eu não conversava com ela. Muito tempo mesmo. E esses dias (na verdade já faz um tempo), descobri que ela morreu. Eu realmente não tinha mais plano nenhum de ficar com ela. Como falei, era um tipo de amor diferente. Um carinho do que já tinha acontecido antes, um bem querer. Mas mesmo assim é triste e estranho saber que talvez a única pessoa que já me quis bem não está mais aqui. Ela estava casada. Tinha a vida dela, e ai acontece uma coisa assim. É a segunda pessoa que eu perco sem a chance de me despedir. Outra foi minha avó, o grande amor da minha vida. O fato é que eu fiquei pensando. E de uma forma ou de outra, ela sempre foi importante pra mim. Um não queria mais nada com o outro, éramos bons amigos, mas não precisavamos ter nos afastado como aconteceu. E isso me fez pensar no tanto de gente que eu me importo, que gosto tanto, e que não falo, que não converso, esperando um amanhã que talvez nunca chegue. A vida é algo único. E único não no bom sentido e sim no sentido de que, se não estivermos agora com quem gostamos, esperando que algum dia as coisas vão se arrumar ou "dar tempo ao tempo pra baixar a poeira"... bom, talvez não exista esse tempo pras pessoas. E ai resta a mágoa, o terrível e odioso "e se..." como em "e se eu não tivesse sido tão orgulhoso e pedisse desculpas?"

Enfim, não espero que ninguém leia isso. É definitivamente um post só para mim. Não sei por que estou partilhando essas coisas. Mas já que sentei na frente do PC e comecei a escrever, então está aqui.

E é isso. Apesar de tudo o que eu falei, não mudei muito meu pensamento. No sentido de que, no fundo, eu vou continuar esperando. Foi por isso que pedi desculpas pra alguém que amo platonicamente. Por que caso amanhã eu não esteja aqui, pelo menos de alguém eu me despedi e fiz minha parte.

De qualquer forma, um pequeno pedaço de mim se foi também. Espero que todos fiquem bem. Beijos