domingo, 30 de dezembro de 2012

Depressão de fim de ano

Sério, se o azar tem nome, o nome dele é Gustavo.

Tudo bem, não posso dizer que não tenha sido eu que procurei essas coisas, mas é foda como tudo converge pra dar errado na minha vida. E é isso. Nada vai dar certo. Eu sei disso.

Por que me esforço pra acontecer o contrário? Sei lá. Acho que é por isso que é tão divertido me fuder.

Por que sou crente. Crente que algum dia, eu ser uma boa pessoa vai fazer diferença. Quando na verdade não vai.

E quanto mais cedo eu aprender isso, mais cedo paro de achar que a vida vai ser boa e de tomar no cu quando não ficar tão boa assim.

domingo, 9 de dezembro de 2012

A cena se repete.... E o fim....

Depois de muito tempo abandonado, voltarei a postar aqui com frequência.

O engraçado é que foi por coincidência que voltei ao blog. Fui rever algum texto que já tinha postado aqui e queria mostrar para alguém.

E ai tive a curiosidade de fazer o que eu tinha programado desde o começo. Reler essa merda depois de um tempo.

E o engraçado, é que nada mudou. Mas tipo, nada MESMO. Achei que depois de tanto tempo de blog, alguma coisa teria mudado.

Mas continuo um cara sozinho, sem amigos, sem me formar, com coração quebrado, sem ânimo para nada.

E continuo com a burrice infindável de achar que ano que vem será melhor.

Já falei antes, que não faria planos e queria ver o que 2012 revelaria de aventuras para mim. Bom, posso dizer que não fiz planos. E as aventuras não foram nada boas. Aconteceram coisas interessantes, mas e dai? No fechar das cortinas, continuo triste. Sozinho. Fodido.

Eu espero MESMO de coração, que ano que vem seja melhor. Esse ano nem com remédio adiantou. Nem com nada. Eu não estou pronto pra ser um ser humano. Pra ter amigos. Pra ter com quem desabafar. Já me esqueci como é isso. Uma amiga, que faz psicologia, lendo o meu conto de natal disse que a figura do papai noel é muito eu. A forma como eu me vejo em relação ao mundo. E nem pensei nisso na hora de escrever, mas talvez meu subconsciente tenha pensado.

Realmente, acho que vou ajudar as pessoas a ser felizes, sem nunca eu mesmo o ser. Infelizmente. Por que eu gostaria de ser só um tico egoísta. E imaginar que algum dia eu poderia ter uma família. Poderia ter amigos que se importassem. Poderia ter dinheiro pra fazer minhas viagens malucas, comprar presentes nerds. Mas... Cada vez mais eu tenho a certeza que isso nunca vai acontecer. O que consola, é que com a pressão alta como eu estou nos ultimos meses, e sem tomar remédio, pelo menos tenho a chance de ter um piripaque do nada e poder perguntar na cara de Deus por que eu tive que nascer assim, se era um espirito meio masoquista que quis vir pra cá pra se ferrar, sei lá.

Bom, meu desejo realmente é voltar aqui no fim do ano que vem, e poder pela primeira vez falar algo do tipo "caramba, eu realmente mudei. Que legal. Coisas boas realmente me aconteceram". Mas sinceramente? As chances disso acontecer são as mais ínfimas e menores possíveis. Até por que, nem acredito nessas coisas, mas certa vez, uma numeróloga, que é amiga minha, fez lá as coisas com minha vida e tal. E disse várias coisas, que até agora ela acertou tudo. E disse também que 2012 era um ano propício a mudanças. Que seria o ano pra eu sair de vez dessa merda, ou me afundaria de vez nisso de uma forma que não ia ter volta. Bom. Eu tentei, com relacionamentos, com remédios, com tentativas de novas amizades. Tentei mesmo. Mas não consegui chegar sequer perto de sair.... Então vejo um futuro meio tenebroso pra mim.

Até a próxima postagem.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Meu conto de natal


O menino estava nervoso. Aquele era o dia para o qual ele havia se planejado durante meses. Aquele era o dia mais feliz para todas as pessoas. No distante ano de 400 Antes de Cristo, uma das poucas alegrias que as pessoas tinham, que as fazia felizes, era justamente a véspera do dia 25 de dezembro. Todos comemoravam a chegada do inverno, venerando o grande Deus Branco, que trazia a neve e o frio. Quando a oferenda para o Deus Branco era boa, ele recompensava as pessoas. Fazendo com que na véspera das comemorações, um ser, utilizando um grande manto vermelho, que montava algo parecido com cavalos voadores, distribuísse ouro, comida e presentes entre a população, para que suportassem os períodos de adversidade do inverno que chegava com esperança no coração.
Mas o menino não queria saber de presentes. Seus pais estavam doentes. A comida faltava em casa. Seus irmãos menores não comiam há séculos. Não. Ele estava decidido. Nada de presentes. Alimentos para uma noite não o fariam ter sua família de volta. Ele precisava falar com o mensageiro do grande Deus Branco. Pedir ajuda. Se o mensageiro podia voar em um trenó de cavalos voadores e distribuir comida como mágica, podia curar seus pais. E então tudo voltaria ao normal e todos ficariam bem.
A noite se aproximava cada vez mais. O menino, com seu corpo franzino, olhava a movimentação das pessoas pela janela, desejando felicidades umas as outras. Ele tinha vontade de estar lá. Brincando com as outras crianças. Então olhava para suas roupas rotas e rasgadas, para os irmãos com fome sem ter o que comer e para os pais deitados na cama, sem conseguir levantar. E toda a vontade de sair ia-se embora. Finalmente, apenas poucas pessoas continuavam do lado de fora de suas casas. A noite escura era como um breu. Aos poucos, um barulho de sino foi ganhando forma. O sino badalava cada vez mais alto. Era o mensageiro chegando para distribuir os presentes. Quanto mais o barulho de sino se aproximava, mais era possível se ouvir os risos altos “Hô-Hô-Hô” se repetindo sem parar.
- Rápido. Todos para suas casas! – berravam as pessoas que ainda estavam nas ruas – Joulupukki está chegando!
Para quem não conhece, a tradição de Joulupukki, o mensageiro, dizia que nenhuma pessoa poderia ver mais do que sua sombra, ou seu manto vermelho. Caso isso acontecesse, Joulupukki não entregaria suas dádivas e a pessoa teria azar até o ano seguinte. Assim eram as coisas mágicas. Os Deuses possuíam desejos estranhos. Por este motivo, sempre que se aproximava de algum lugar, ele tocava seu sino e soltava sua risada. As pessoas sabiam que Joulupukki estava chegando e se recolhiam prontamente.
O menino ouviu o barulho de Joulupukki se aproximando das casas vizinhas. Olhou pela janela. Os cavalos voadores estavam parados no meio da cidade. O manto vermelho agora passava pelo telhado de uma das janelas vizinhas a sua.
Sorrateiramente, ele começou a tentar saltar a janela. Viu um de seus irmãos o encarando com olhar de tristeza nos olhos:
- Não me olhe assim irmão. – disse com pesar – Eu preciso fazer isso. Preciso salvar papai e mamãe. Eu prometo que voltarei.
E dizendo isso, saltou. Se esgueirando pelas beiradas das casas, chegou perto dos cavalos voadores. Não eram cavalos. Eles tinham chifres. Ele sentiu medo. Nunca vira aqueles animais antes. Os animais pareceram não se importar com sua presença. E o garoto percebeu que havia uma espécie de baú acoplado ao trenó. Com movimentos rápidos, ele abriu o baú e se jogou dentro. Era maior por dentro do que por fora. Apesar de não parecer que isso seria possível para quem olhasse por fora, o menino conseguia ficar tranquilamente em pé. Era um lugar bem espaçoso.
Enquanto se acostumava com o local, sentiu o trenó levantando voo. Provavelmente o mensageiro havia voltado. Agora não havia volta. Ele estava voando. E voou. E voou muito. Pelo que pareceram horas. Claro, ele pensou. Com certeza o mensageiro deveria fazer entregas por todos os lugares e não apenas em sua vila. Após um longo tempo, finalmente sentiu o trenó pousando. Ele esperou alguns minutos, para ter certeza de que estaria sozinho, e saiu. O lugar parecia uma estrebaria comum, mas muito escura. Os animais se alimentavam de capim. Um deles possuía um nariz vermelho e brilhante, que antes o garoto não havia reparado. Era bonito. Ele fez um afago no animal e continuou seu caminho.
Andando em volta, viu que deveria estar na morada do Joulupukki. Era um lugar meio assustador e escuro. Era sem sombras de dúvidas o lugar mais frio que ele estivera em toda sua vida. Nunca sentira tanto frio antes. Talvez fosse apenas seu medo crescendo, mas ele podia jurar que via por todos os lados sombras de seres que pareciam pequenos humanos, de meio metro de altura, passeando por todos os lugares. Tudo ali era escuro e estranho. Havia um cheiro meio esquisito no local. Ele não conseguia identificar o que era, mas se perguntassem futuramente, ele diria que aquilo era o cheiro de tristeza.
O garoto continuou andando. De repente, sentiu pequenas mãos o segurarem. Cordas rapidamente passavam por todo seu corpo. Ele não podia reagir. As criaturas, que pareciam humanos em miniaturas eram reais! Falavam coisas desconexas. O garoto tentou lutar contra. Mas pensou melhor, e decidiu que talvez assim ele conseguisse chegar mais perto do mensageiro sem ter que procurar. E foi o que aconteceu. Os gnomos (como ele soube que eram chamadas as criaturas), o levaram diretamente para Joulupukki.
- O que faz aqui em meus domínios, criança?
O garoto explicou que queria apenas salvar os pais. Não queria incomodar o mensageiro. Agora, olhando de perto, o mensageiro não era assustador. Parecia um homem de trinta e poucos anos, com um olhar muito triste. O cheiro de tristeza, vinha dele.
Quando o menino terminou sua história, o mensageiro disse:
- Eu posso te ajudar garoto. Porém, nada é simples. Muito tempo atrás, antes que os avós de seus avós estivessem vivos, eu era um homem comum. Mas fui ganancioso e mesquinho. Certa vez, me recusei a ajudar uma família necessitada. E todos morreram durante a geada. Era uma família muito querida pelo Deus Branco, que revoltado com minha indiferença, me matou. Porém ele mudou de ideia. E me trouxe de volta a vida para aprender o significado de partilhar. E agora, minha benção é minha maior maldição. Eu não posso morrer. Eu tenho este exército de gnomos e minhas queridas renas, e sempre na época do inverno, devo distribuir alimentos e dádivas as pessoas. Isso agora me deixa feliz. Mas eu tenho feito há tanto tempo... não aguento mais...
- E por que está me contando isso? Você quer minha ajuda para quebrar a maldição? E depois vai salvar minha família?
- Não garoto. Quando eu assumi essa função, me foi dito que a maldição seria quebrada, se alguém de livre vontade, assumisse meu lugar. Eu posso ler a alma das pessoas. É um dom que ganhei, para saber quem se comportou durante o ano e merece minhas bençãos e presentes. Eu sei que você seria capaz de fazer o serviço. E eu sei que, depois de passar pelo que passei, você nunca teria coragem de passar o manto a mais ninguém. É um fardo que carregará até o fim dos tempos. Se você aceitar, eu salvo sua família. Eles viverão uma vida plena e feliz, eu garanto.
- Mas como isso funciona? Eu vou poder vê-los novamente?
- Infelizmente não. Como você sabe, me ver causa má sorte. Você agora sabe disso, já que me viu. Quando sair do castelo, os sinos te acompanharão para que todos se escondam. Sua família irá se esconder e nem saberá que é você que passa em sua casa. E se por algum acaso te verem. Terão o azar de volta e voltarão a adoecer.
- Mas o senhor disse que faz isso a centenas de anos. E parece mais novo que o meu pai. Como isso é possível?
- Se você aceitar – continuou o mensageiro – Você irá se tornar imortal. Seu corpo continuará envelhecendo até sua primeira morte. Quando ela ocorrer, esta será sua aparência para o resto da eternidade. Caso morra amanhã, você será um garoto pelos próximos milênios. Caso morra depois de velho, será um bom velhinho com barba e bigode brancos. Você deverá entregar presentes, dádivas e alegrias a todas as crianças do mundo, para sempre. E como já disse, eu posso ver sua alma. Sei que você nunca passará a missão para mais ninguém. Você é integro demais para isso. Você distribuirá a felicidade para todas as pessoas, sem que possa ter realmente a sua. Será sua benção. E sua maldição. Garoto, qual é seu nome?
- Noel... – respondeu com uma voz baixinha.
- Bem Noel, me desculpe por ter que fazer isso com você. Eu prometo, sua família e as próximas gerações viverão a melhor vida possível. Você aceita carregar este fardo?


 24 de dezembro de 2012.
- Noel, você está bem? – perguntou um dos gnomos, ao ver o velho se olhando no espelho com olhar triste e cansado.
- Sim meu querido amigo. Estou bem. Apenas relembrava uma escolha que fiz, muito tempo atrás. Às vezes, quando fico em dúvida se fiz a escolha correta, preciso me lembrar do motivo pelo qual estou aqui... Mas vamos, temos pessoas a alegrar esta noite.
FIM

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Tão complicada vida

Esses dias/meses estão sendo meio tensos.

Como esse é um blog pra falar da minha vida, tinha que comentar sobre isso também. Embora eu saiba que é uma coisa que nem daqui há anos esquecerei.

Como alguns aqui sabem, alguns anos atrás, minha retardada irmã se envolveu com um cara que não presta.

Ela bateu de frente com a família inteira pra ficar com esse cara. E por fim, engravidou dele.

Claro que veio algo bom disso. Eu amo meu sobrinho mais do que tudo. Ele é a coisa mais linda e gostosa do universo, inteligente, alegre, engraçado e chato de vez em quando.

O problema é justamente minha irmã ter percebido que ela era retardada e o cara realmente não vale nada. Na verdade isso não é um problema. E sim o fato de que, o cara é um nóia estúpido e idiota, louco, retardado, que ameaçava minha irmã caso ela terminasse com ele. E assim foi durante algum tempo (quase anos eu acho), até ela não aguentar mais e dar um basta.

Ai ele começou a ameaçar minha família todo dia. Jurava minha mãe e minha irmã de morte. Entrar e sair de casa era um tormento pra ambas, pois ele não faz nada da vida e fica parado na porta esperando alguma delas aparecerem. Curiosamente, nunca chega perto quando estou junto.

Até meu sobrinho, o próprio filho, ele ameaçou. Isso por que está completamente drogado, nem vale a pena comentar metade das asneiras que o cara diz.

Enfim, agora estou sozinho em casa. Minha mãe e minha irmã estão na casa de parentes, se revezando. Ontem por exemplo, eu estava na faculdade e o cidadão apareceu aqui. Como não tinha ninguém em casa, ele tentou arrombar a porta. Agora, a porta da sala e da cozinha estão completamente quebradas. A da cozinha inclusive com um rombo, pois não é porta de madeira, é de outro material que nem sei explicar qual é, tipo persiana, sei lá.

Por conta de todos os problemas, até eu resolver a situação por aqui, não tenho conseguido me concentrar no TCC e muito menos nos meus livros para escrever.

Mas pretendo voltar logo com essas coisas.

Faz uma falta danada.

E não posso deixar de viver minha vida por conta de infelizes como esse.

Abraços a todos.

sábado, 26 de maio de 2012

Como sou ruim com títulos

Sério, se tem uma coisa que eu sou MUITO ruim é em pensar em títulos pras minhas postagens.

Geralmente escrevo alguma coisa, e quando vou ver é muito parecido com alguma coisa que eu já tinha escrito antes, pra não dizer idêntico.

Ainda não tenho muito o que falar, estou passando por umas barras aqui em casa beeeem complicadas, apesar que parece que as coisas agora estão melhorando. Nada que tenha a ver comigo, apesar que tem a ver com minha família, mais especificamente mãe e irmã, então de qualquer maneira, é algo que me influencia.

De resto, acho que estou na profissão errada. Eu não devia fazer direito. Deveria trabalhar de ninja ou algo do tipo.

É impressionante a minha capacidade, mesmo com todo meu tamanho de gordura e altura, como eu consigo passar batido no meio da rua sem ninguém nem perceber que estou lá.

E nem falo daquelas situações de encontrar alguém conhecido que você finge que não viu. E sim de olharem na minha cara e não me reconhecerem. E dá pra perceber a diferença entre "vou fingir que não vi" e "realmente não vi" até por que, eu sou mestre em "fingir que não vi". Sim. Eu sou meio anti social.

Um ótimo sábado para todos.

Beijos

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mudanças no blog

Apesar deste blog ser primariamente, para que eu fale minhas besteiras e as releia algum tempo depois (confesso que nunca fiz isso), sei que algumas poucas pessoas entram bastante aqui.

Porém, devido a problemas particulares, vou mudar o domínio do blog.

Apenas para evitar visitas indesejadas.

Sendo assim, se alguém quiser o novo endereço do blog, deixe ai nos comentários, com e-mail de preferência, que eu envio o novo link, que começarei a utilizar a partir de semana que vem.

Grato.

Boa noite a todos e uma ótima semana.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sabe aqueles dias?

Ultimamente não tenho deixado nada me abalar. Eu acho.

Faz tempo que não posto aqui. É por que esse é um blog de textos genéricos, ou de textos depressivos.

E não tenho escrito nada genérico, nem tenho tido vontade de escrever nada depressivo. Cansei dessas coisas. Estou realmente curtindo as coisas simples da vida, deixando a vida me levar, mas sem reclamar muito disso.

Sei lá. Como disse, não tenho muito o que falar. Quando estou bem, não gosto de falar. Parece que as pessoas tem uma inveja de mim que eu particularmente considero absurda. Não sou bonito, não ganho bem, não tenho o emprego dos sonhos, não moro na cidade dos sonhos, não tenho a namorada perfeita. Logo, ter inveja de mim por que? E pra que?

Não que eu esteja um poço de felicidade, só não estou mesmo na fase de reclamar de tudo. Afinal, só reclamar não adianta.

Estou escrevendo durante a aula, então está saindo muita besteira. Mas resumidamente, é isso.

Espero que todos tenham uma ótima semana.

Até o próximo post.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

polêmicas

Tinha mais um causo pra contar. Ia fazer um post sobre isso, mas fiquei com preguiça. Então vou só fazer uns comentários básicos sobre a polêmica do dia, o aborto de fetos anencéfalos.

Por incrível que pareça, apesar de fazer faculdade de direito, eu não estava nem tchums pra essa questão.

Hoje recebi um sms da querida Alexandra Gurgel, falando sobre o tema, então comecei a acompanhar no site da Globo, Uol, Terra e outras mídias. 

Sou meio cabeça dura. O que eu acho eu dificilmente mudo de opinião. Até respeito a de outros, e quando vejo que estou sem razão, concordo, por dentro fico emburrado por saber que estou errado, mas continuo "errando" na opinião.

Então não vou mudar sobre esse assunto também. Acho até válido que a bancada evangélica e católica entrem contra a votação a favor do aborto de anencéfalos, mas achei ridículo eles quererem o impeachment de um dos ministros, por em 2008 ele dar uma entrevista a revista Veja em que se dizia a favor do aborto.

Particularmente eu sou a favor por diversos motivos que a seguir exponho (ok, nem são tantos motivos assim, mas enfim):

1- A vida é de cada um. Só uma mulher que carrega um feto destinado a morrer em poucas horas ou dias de vida pode saber o que é melhor para ela.

2- Ninguém pode forçar sua religião a ninguém.

Acredito ser o segundo ponto o mais importante.

Eu acredito em Deus. De verdade mesmo. Por já ter visto e presenciado várias coisas, sei que Ele existe. Até brinco que gostaria de ser ateu, mas com minha experiência de vida seria estupidez achar que morreu acabou.

O problema ai é: existem MILHARES de religiões. E pode ter certeza absoluta, se um evangélico ou católico fala "Eu sinto a presença de Deus, eu sei que ele é real, existe e é como a Bíblia diz." um espirita, integrante da Umbanda, Candomblé, Quimbanda, Budista, Judeu, Testemunha de Jeová, Indígena com suas crenças, TAMBÉM sentem o mesmo em relação a seus deuses. Caso não sentissem, não seguiriam a religião.

Isso se inclui também a ateus. Eles não acreditam, e é um direito deles não acreditar. E a cada argumento de "Eu sinto ser real" ele pode ter um "Eu nunca senti". E a verdade é, até morrermos, nenhum de nós sabe exatamente como é a morte. Mesmo com certeza absoluta que o céu é do jeito que determinada religião diz ser, pode ser que quando morrermos, o Deus seja o bíblico, mas o céu seja algo tipo o Valhalla. (alias, não sei se seria bacana um céu com lutas infinitas).

O que quero dizer com isso, é que entendo quem tem a crença absoluta de que Deus quis que o feto fosse gerado sem cérebro, ou que matar esse feto é destruir uma vida.

Nem vou entrar na extensa questão de quando a vida começa. Se a partir da união do óvulo com o esperma, após alguns dias, ou o que seja. Nem naquele papo ridículo e piadístico de "então se eu me masturbo estou cometendo um genocídio?" Não é esse o caso.

O caso é: Será que é justo, por SUAS CRENÇAS pessoais, impedir alguém que NÃO COMPARTILHA dessa crença, de decidir o que é melhor PRA PRÓPRIA VIDA?

Eu particularmente acredito em Deus. Mas nunca obrigaria a alguém que não acredita a agir de determinado modo, simplesmente por que do meu ponto de vista é o certo.

Exemplo, testemunhas de Jeová que não aceitam doação de sangue. Seria justo, se fosse a religião dominante no Brasil e por isso uma bancada "Jeovasística" votasse a favor de uma lei que proibisse transfusão de sangue no país?

Acredito que as pessoas que não seguem essa fé, pensariam tratar-se de um absurdo tal proibição. E guardadas as devidas proporções entre aborto e doação de sangue, o fato é que ambos podem tirar uma vida, caso a pessoa não receba a transfusão por exemplo.

Enfim, era o que tinha a falar sobre o tema.

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Agora, pra descontrair, o causo, já que estou a fim de escrever.

É nojento, mas verdadeiro. O tipo de causo que costumávamos chamar de "too much information". Ou seja, "cara, por que você falou essa merda? Eu podia dormir sem pensar nisso".

Não tem NADA pior do que ficar com dor de barriga no meu serviço.

Imaginem que tem um homem que MORA no banheiro praticamente (ele trabalha na limpeza e fica lá durante todo o horário de serviço dele, lendo revistas, ouvindo música, etc).

Agora imagine que ele tem asma, ou alguma outra coisa estranha que afeta o pulmão, e ele respira igual o Darth Vader.

Quando ele não está lá, mas está chegando, você escuta de longe a respiração e já pensa "putz agora ferrou".

É sério, não dá pra fazer necessidades com o Darth Vader cafungando nas suas costas. Ai só resta esperar o final do expediente e vir correndo pra casa.

Sad but is true.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Só comigo

Eu hoje estou muito, muito, MUITO depressivo.

Alias, não só hoje, mas quase sempre. Várias merdas acontecendo pra variar. Cada vez mais tenho certeza que sou uma frigideira (e não é pra ninguém entender mesmo rs).

Mas não quero falar disso.

Estava eu no ônibus, indo pra faculdade, quando senta um velho do meu lado. Era aqueles velhos que tem um cheiro característico de fralda geriátrica vazada sabe? Ou que parece que já está em estado de putrefação mas esqueceram de avisar as células que na verdade ele ainda é um organismo vivo.

Enfim. Senta lá o velho do meu lado, e começa a falar da vida. De quando era moço, isso e aquilo.

De repente ele me pergunta quantos anos eu acho que ele tem. Sem maldade, eu falaria entre 75 a 80.

Mas para ser bonzinho e educado, disse 60.

Ai ele "eh por que eu me cuido bem. Na verdade tenho 70 anos".

Depois ele vira e fala "E você, quantos anos tem?"

Eu respondo.

E ele assim "Só isso? Que cara de velho você tem. Já tá muito acabado. Pelo visto vai morrer cedo".

Agora fala sério, eu mereço? Má que véio fiadaputa.

sábado, 31 de março de 2012

Apenas o fim.

Revi esse filme hoje.

Não sei se já tinha feito posts sobre ele antes, mas tenho que dizer que é um filmão.

Um dos melhores filmes de relacionamento que já vi. E dizer que foi TCC de um cara da UFRJ se não me engano.

Alias, foi depois de ver esse filme que eu fiquei com mais vontade ainda de quando arrumar uma posição confortável na carreira jurídica, fazer cinema. Nem que seja só por diversão, desencargo de consciência, fazer alguns curtas ou sei lá o que.

Alias, o legal dessa história (e isso eu já disse aqui), é que é uma verdadeira história de amor.

Mas a melhor história de amor pra mim, ainda é Romeu e Julieta.

Simplesmente por que os dois morrem no final. E morrem se amando. Não viveram pra Julieta ficar puta pois o Romeu nunca abaixava a tampa da privada e deixava a toalha molhada em cima da cama, nem o Romeu perder o tesão pois estava começando a ver a mãe dele na figura de Julieta. Eles não morreram como amigos/inimigos (o que geralmente acontece quando se fica com uma pessoa por muito tempo. Ou tu passa a ver tipo como um irmão, ou você a odeia mortalmente). Eles morreram enquanto amantes.

Simples, bonito e direto. FIM.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Cansado de novo

Achei que eu poderia parar de falar da minha depressão. Mas percebi que isso não vai acontecer nunca.

Que o que eu preciso é me conformar com a vida em não ter amigos, em ser sozinho, em morar nessa cidade horrível que eu odeio.

E é isso.

Vou batalhar pra ter uma situação financeira confortável e viver o resto da vida trancafiado dentro de casa jogando videogame e vendo televisão. Que vidão =/

sexta-feira, 23 de março de 2012

A minha jornada

Eu gosto muito de fazer resenhas, mas não sou muito bom nelas. O post de hoje terá um breve comentário, e depois uma resenha.

Comentário:

Hoje revi Assalto ao Banco Central. Que filme desgraçado de ruim. Sério, eu amo cinema nacional, odeio quando falam que filmes brasileiros são só putaria e palavrões. Mas sinceramente, não dá pra engolir um filme que um bandido de favela fala coisas tipo "E ai galera, a policia tá na nossa cola, vamos nos reunir no QG e pensar no que fazer". Tipo, é sério. tem essa frase, mais ou menos desse jeito. Sério, nem minha mãe falaria assim se fosse bandida. Quem ainda fala QG??????

Resenha:

Eu gosto muito de videogame. Claro, gosto dos jogos normais, esse que todos curtem e talz, mas também curto muito jogos únicos, como o flower, que já falei aqui.
Hoje vou falar de Journey. E o problema desses jogos, é justamente, como falar de um jogo que não é jogo?
Explico: Journey, como o nome diz, é uma jornada. O sentido? Depende de você. Terminamos Journey com tantas dúvidas quanto as que começamos.

O jogo não tem diálogo. NENHUM. Nem textos. Nem nada minimamente humano. Alias, nem os tradicionais menus estão presentes neste jogo. Apenas um "iniciar sua jornada". É o máximo de informação que o game te dará.

Ele começa, simplesmente com um estranho ser se materializando no meio do deserto. À sua frente uma montanha. E instintivamente, você sabe que aquela montanha, que se perde na longitude do horizonte, é seu destino. É até lá que você deve ir.

O jogo não tem inimigos. Não tem desafios. É simplesmente a peregrinação, de um ser que você nem sabe como é, pelo deserto, tentando buscar a montanha. Durante o trajeto é possível encontrar resquícios de uma civilização há muito perdida. Mas quem são? O que aconteceu com eles? Isso vai de sua interpretação, das parcas cenas que aparecem entre uma "fase" por falta de termo melhor, e outra.


Como disse, não existem desafios, inimigos ou quebra cabeças. Mas esse jogo é realmente único, ele mexe com você. É impossível não sentir sensação nenhuma, enquanto se anda no mar de areia, com um dos gráficos mais belos que já vi em um jogo.



Uma das coisas mais interessantes de Journey, é seu modo online. Não existem partidas, nem nada do tipo. Simplesmente enquanto você está em sua jornada, uma outra pessoa que esteja jogando na mesma "fase" que você, pode se materializar do seu lado. Do mesmo jeito que você pode aparecer no jogo de outra pessoa.

Mas não existe identificação. Você não tem como saber quem é seu companheiro de viagem. Alias, a única comunicação possível é através de uma espécie de assobio em notas musicais, que servem de incentivo, de alerta, de qualquer coisa que você queira passar ao companheiro. Companheiro alias, que você pode ignorar se quiser e seguir sozinho sua viagem.

Mas não dá pra negar, que é um dos momentos mais gratificantes quando aparece um amigo. É uma coisa estranha de explicar, mas fica uma sensação de "eu sei pelo que você passou pra chegar até aqui amigo, eu passei pelo mesmo. Vamos juntos até o topo daquela montanha, eu te ajudo". E quando um desses amigos simplesmente desaparece no meio das tempestades e tu volta a ficar sozinho, bate uma sensação de solidão de verdade.

Alias, como já disse, Journey termina como começa, sem respostas. Mas é simplesmente IMPOSSÍVEL não se emocionar com o final. Parafraseando um outro blog que fez uma análise do jogo "se você terminar Journey sem sentir nem um pingo de emoção na parte final, jogue fora sua carteirinha de humano, pois ela está com a validade vencida".

No fim, fica a interpretação de cada um do que foi a jornada. A trilha sonora, toda instrumental, é belíssima. É o tipo de jogo que dá vontade revisitar sempre, numa imersão total.

Sei que quase ninguém mais lê meu blog. Sei que quem lê não joga  videogame. Mas se qualquer dia puderem, experimentem essa maravilha. Garanto que adorarão sua jornada (o jogo é curto, pode ser terminado em pouco mais de duas horas), do mesmo jeito que adorei a minha.

Ótimo final de semana para todos.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Voltei

E até que estou bem. A faculdade tem consumido muito de meu tempo.

E o serviço está uma merda, cheio de gente falsa, e falsidade é uma das coisas que mais abomino. Até por que eu não gosto de fazer fofoca de ninguém, não entendo por que pessoas fazem fofoca das outras e sem ganhar nada por isso. Mas enfim, é a vida, fazer o que.

De qualquer jeito, todos os meus textos estão parados. Com essa coisa de TCC não sobra muito tempo pra escrever infelizmente.

Alias, hoje eu vi um cara com uma tatuagem do calcinha preta. Sério, o que leva alguém a tatuar "calcinha preta" no braço? Esse mundo tá mesmo perdido. rs

Ótima quarta para todos.

sábado, 3 de março de 2012

Mais um ano

Dia 01 foi meu aniversário.

Pra variar, fugi de todo mundo. Nos anos anteriores eu nunca tive muita vontade de comemorar, mas pra não decepcionar a família sempre deixava me cantarem parabéns e comprar um bolinho. Esse ano nem isso eu quis. Deixei passar batido, que era o melhor pra mim.

Não vejo vantagens em comemorar mais um ano que foi jogado no lixo.

Mas agora ja estou me animando. Não por acreditar que mudando a idade a vida vai mudar. Mas por que eu já não ligo pra mais nada. E se não ligo pra mais nada, foda-se tudo, vou fazer o que quiser. Sem me preocupar com quem se machuca. Pode parecer filha da putice, mas depois de 26 anos só tomando patadas tem uma hora que você precisa parar de ser trouxa e criar uma blindagem.

Fora isso, a faculdade está bacana. Fora eu estar completamente perdido devido a esse 1 ano que fiquei parado. Já esqueci praticamente de tudo. Preciso estudar com urgência.

Beijos

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Mais um dia

Olá.

A faculdade finalmente começou. Ainda não tenho ideia do que fazer de TCC e estou chapadíssimo de trabalhos. Esse ano vai ser bem paulera. Espero pelo menos que me traga bons resultados futuramente, por que agora é questão de honra terminar a faculdade.


Eu só não lembrava mesmo como direito de família é uma matéria chata. E isso por que estamos na primeira aula ainda.


Bom, amanhã é meu aniversário. Não estou com nenhuma vontade de comemorar e provavelmente não irei mesmo. Nem trabalhar eu queria, preferia sumir, não quero as pessoas me dando parabéns. Mas infelizmente acho que vou ter que ir.

E sexta provavelmente irei pra Brasília de novo. Não estava muito a fim de ir. Da outra vez também não quis e tive uma surpresa agradável. Desta vez duvido que aconteça.

Mas faz parte. Preferia ir pra outro lugar RJ talvez.

Bom, amanhã a noite sumirei com certeza. Não quero comemorar esse aniversário.

E desculpem se estou sendo repetitivo. Mas estou escrevendo este post no meio da aula. Ai já viu né, acaba desconcentrando.

Beijos para todos.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Um novo rumo ao blog.

Quando criei este blog, o principal motivo foi que, por uma coincidência, encontrei um flog meu muito antigo. E era engraçado reler as postagens. Ver pessoas que eu colocava fotos como "mais importantes do mundo" e nem lembro mais quem eram, bem como o contrário, comentários de gente falando o quanto eu era foda e que a amizade seria eterna. E que eu nunca mais tive contato.

As vezes até acho melhor deixar essas coisas no passado. Sempre que eu tive amizade muito forte com alguém, e o tempo cuidava de separar as pessoas, eu ficava pensando como os outros estariam, se estariam bem, o que andavam fazendo. E geralmente, quando reencontrava, percebia que só pra mim a amizade continuava a mesma coisa.

Enfim, o fato é que eu resolvi criar este blog pra falar da minha vida. Pra daqui a alguns anos, eu reler essa porcaria e falar "nossa olha que engraçado o jeito que eu pensava" ou "por quem que eu estava sofrendo aqui nessa época?"

O fato é que isso era a ideia original. Mas acabei desvirtuando o sentido do blog. Tudo bem, sempre foi meu plano colocar meus textos e livros aqui (no fundo, tudo que escrevemos é um reflexo de nós mesmos), mas por ser um cara que geralmente acredita e confia nas pessoas, acabei me decepcionando. Primeiro falando só de amor, e entrelinhas, falando dessa pessoa. Depois simplesmente parando de falar.

Encontrei um blog de uma moça com quem ainda não conversei pessoalmente mas parece muito gente boa, que utiliza seu blog para falar do dia a dia tentando emagrecer.

E bom, eu tenho depressão. Quem me conhece sabe que eu tenho isso desde sempre. Sabe o quanto eu me acho ridículo, feio, gordo, pobre, o quanto odeio morar em Santos, o quanto acho minha vida sem sentido. Que odeio o fato de não ter amigos e quebrar a cara em 99,99% das vezes que gosto de alguém.

Cansei de ficar muito tempo sem vir aqui, e quando venho, é só pra falar que logo voltarei a postar.

Muita gente me decepcionou. O foda é ouvir coisas que depois você descobre que era mentira. Até coisas bestas como "nem falo mais com determinada pessoa". E tipo, fala. E tipo, só eu não sirvo nem pra conversar.

Eu me acostumei a ser uma muleta emocional de todo mundo. Deveria pelo menos ter feito psicologia e ganhar dinheiro com isso. É sério, é horrível o tanto de ex namorada que me deu pé na bunda, que nunca ligou pra mim, mas que quando precisa de alguém pra dar carinho ou qualquer coisa corre atrás de mim, por que eu infelizmente sou assim. Um cara carinhoso e bacana, que sempre estende a mão e ajuda quem precisa. Mesmo que tenham pisado demais em mim. Eu sirvo pra, enquanto a pessoa está sozinha, inflar o ego. Fazer bem. E depois tomar no cu. Foi pra isso que servi até hoje.

Bom, talvez eu falar aqui dos meus problemas resolva. Talvez não. Eu espero mesmo melhorar, ainda acho que tenho jeito, mesmo com tudo dando errado. Já to ficando velho, já pensei muito em desistir, mas uma hora as coisas se ajeitam. Ou eu desisto de vez, sei lá. Mas fica aqui a nova fase do blog, onde falarei de todos os meus problemas também. Não que seja interessante pras pessoas lerem. Mas talvez me faça bem. E não custa tentar.

Boa semana para todos.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A falta do que dizer

Eu hoje ia fazer a segunda parte do post de assuntos polêmicos. Mas o assunto não saiu. escrevi uns três parágrafos e vi que não estava fluindo. Estou mais triste que revoltado, então não dá pra escrever sobre coisas que revoltam.

Também queria falar de amor, mas ultimamente isso tem sido muito piegas. O fato é que provavelmente quem eu queria falar, não merece as palavras que eu iria dizer. Então, se não sou bom em piadas, nem estou inspirado pra falar de amor ou reclamar da vida o que sobra?

Simples, este post enchendo linguiça pra mostrar que o blog ainda nao morreu. Alias nem vai morrer.

Voltei pra faculdade. Finalmente vou terminar essa porcaria. E estou chapado de coisas pra estudar, créditos e horas extras pra cumprir.

Até estou sem tempo de continuar o meu livro ou jogar video game.

E estou cuidando mais de mim. Finalmente né estava na hora.

Um lindo começo de ano (já que no Brasil parece que só começa realmente depois do carnaval) pra todos nós.

Até.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sério, logo volto a escrever

Eu estou devendo a segunda parte do meu post reclamando das coisas. E os outros capítulos do livro e do conto de caverna do dragão.

O pior é que já está tudo escrito só estou com preguiça de postar.

Quanto ao post de reclamação, não sairá hoje pois estou bem feliz e não quero me estressar fazendo um post chato.

Só vim escrever isto pra não acharem que o blog morreu.

Ahh sim. Decidi também me livrar do que não vale mais na minha vida. Eu hoje joguei muita coisa fora. Eu guardava, por exemplo, um desodorante que comprei durante uma viagem. Só por que tinha sido comprado num lugar em que eu fui muito feliz dando murros em ponta de faca.

Eu também apaguei 99% da minha agenda do celular (portanto se alguém me mandar sms e eu não souber quem é, já sabem o motivo).

Enfim. Eu quero ser feliz. Não importa como. E ficar me apegando em coisas que ja passaram (tanto em amizades quanto em qualquer outro segmento da vida), não adianta nada. Não vai me fazer bem. O que já foi já foi, está guardado com carinho e sempre estará.

E é isso.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A melhor história de amor de todos os tempos é a de Romeu e Julieta. Simplesmente por que eles morreram no ápice de seu amor.

Não viveram o suficiente pra Julieta se irritar com Romeu cada vez mais gordo mijando fora da privada ou Romeu reclamando que a Julieta não colocava logo aquelas malditas crianças pra dormir.

Nenhum amor é eterno. O que fica é o carinho e só. Talvez nem isso.

Sim. Estou amargo esses dias.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Assunto mais polêmico que mamilos.

Vou fugir um pouco dos temas habituais deste blog. Estou com muita vontade de voltara a falar de amor, mas vai ficar pra uma próxima.

Eu já queria ter falado sobre o que vou escrever aqui há algum tempo, mas sempre enrolei. Na verdade, originalmente eu queria falar sobre o Bolsanaro. Foi na época que deu aquele rolo inteiro com ele. Eu era um dos poucos (senão o único) que sempre disse querer mais políticos como ele.

Não, eu não concordo com absolutamente NADA que o Jair Bolsanaro fala. Pra mim, ele caga pela boca. Acontece simplesmente que no Brasil, devido as imensas vantagens de ser político, hoje em dia ninguém mais tem coragem de dizer o que pensa. O importante é ter votos de todos os lados. Sinceramente a quem queremos enganar? Não importa se você vota no PT, PSDB, PMDB, PCdoB, PR, PV ou qualquer outro. O discurso é sempre o mesmo. Genérico, insonso, falando sobre educação, saúde e só.

O Jais Bolsanaro é um babaca, mas ele defende seus pontos de vista. Se alguém por exemplo concorda com ele que o aborto é ilegal, sabe que votando no Jair, o cara vai ir contra o aborto em qualquer situação que surja no legislativo. Mas e eu, que sou a favor? Não posso saber em quem votar. Simplesmente por que nos assuntos primordiais (aborto, pesquisa com células tronco, entre outras) NENHUM político tem coragem de falar o que pensa.

Então sinceramente, embora eu (e 90% da população brasileira), não concordemos com o Bolsanaro, será que é tão ruim assim defender que seria realmente ótimo pro Brasil termos mais políticos parecidos com ele, no sentido de falarem o que pensam e VOTAREM de acordo com o que pensam?

Eu poderia falar muito sobre este assunto, mas ele não é o principal objetivo do que estou escrevendo aqui.

Por incrível que pareça, o assunto é o BBB (pois é, nunca achei que gastaria meu tempo escrevendo sobre isso, mas enfim).

O assunto todo começou com um simples comentário no orkut. Dizia assim "Não assisto BBB, não vi a cena, não li nada a respeito, alguém pode me falar o que aconteceu?" Seguido de um "Expulsem esse estuprador filho da puta".

Bom, eu sou chato. Quem me conhece sabe disso. Acho que se você quer criticar algo, um PÉSSIMO jeito de começar é falando "eu não sei nada sobre o que aconteceu mas vou apontar culpados mesmo assim".

Eu reclamo de muitas coisas. Mas reclamo com propriedade. Exemplo: Eu não gosto de Senhor dos Anéis. mas li os três livros mesmo odiando cada página, pra na hora que eu fosse discutir com algum fã, eu ter algum argumento contra a obra. E tenho vários. Mas respeito quem gosta.

Ainda sobre essa discussão do facebook, eu expus minha opinião sobre acusar sem nem saber direito o que aconteceu, inclusive lembrando do exemplo de uma famosa escola de SP, que faliu por que a mídia noticiou que a escola era composta de pedófilos estupradores e depois descobrimos que nada disso era verdade. Mas ai já era tarde pra escola.

Acho que por mais que você não concorde com um argumento, chamar o dono da argumentação de idiota dificilmente vai fazer com que se concorde com seu ponto de vista. Mais fácil é EXPOR os seus e tentar convencer a pessoa.

É o que vou tentar fazer aqui.

Antes disso, algo sobre o que penso de estupro e abuso de mulheres. Se pudesse, eu enfiaria um cabo de vassoura no cu até sair pela boca de todos os estupradores que eu visse pela frente. Não vou me alongar explicando o contexto da pergunta, mas uma vez perguntaram se eu toparia transar com uma prostituta desacordada por um milhão de reais, sendo que ela nunca saberia e o objetivo seria apenas pra engravidar ela, mas poderia fazer o que quisesse com ela dormindo. E eu fui um dos poucos que fui completamente contra e que nunca faria isso.

Poderia inclusive citar exemplos da minha vida, em que inclusive ouvi merda de mulheres por respeitar.

Dito isso, acho ridículo o que estão fazendo com o cara que nem sei o nome. Se fosse o loirinho, duvido que acusariam de estupro.

O fato é que é fácil falar que foi o negão que fez algo errado. Olha só, ambos estavam numa festa de bundudas e boladões. Com todas as bebidas possíveis e imagináveis.

Então, duas pessoas começam a se beijar e agarrar e se enfiam de calcinha e cueca embaixo de um edredon. Sério, O QUE SERÁ QUE IRIA ACONTECER?

Não to julgando se o cara tá certo ou errado (alias ele provavelmente está muito errado). Mas cair matando em cima dele? Sabe, eu DUVIDO que se fosse a mulher que tivesse masturbado ele, estariam falando de estupro. Sim, eu SEI que tem MUITA diferença entre estuprar um homem e estuprar uma mulher, sei que quase nunca homens são estuprados.

Mas acho que este é o caso errado pra se levantar como bandeira contra estupradores. Primeiro, ambos estavam alterados, ambos estavam se pegando e não dá nem pra confirmar se a menina estava dormindo ou não. Ou se o cara sabia o que estava fazendo, afinal ELE TAMBÉM BEBEU. Ai temos a garota falando "tudo foi consensual". Mas sabe deus, provavelmente ela tem algum motivo oculto pra mentir sobre isso. Temos que levar em consideração o fato que teoricamente nenhum deles sabia do rebuliço que tinha dado aqui fora. E mais ainda que, se fosse mesmo um estupro, a globo não colocaria no ar, na hora que começasse o "ataque" era só entrar lá os funcionários da emissora e parar com a palhaçada.

A garota pode muito bem ter fingido que nem se lembrava de nada. Quem aqui nunca bebeu e fez merda? Vamos acusar de estupradores todas as pessoas que beijamos fora de consciência? Quem garante que não foi consensual?  Ela no depoimento falou que foi consensual. Será mesmo que ela falaria isso por pressão simplesmente, por ser mulher? Me desculpe, mas não acredito que uma mulher esclarecida, forte e ciente de seus direitos se submetesse a um estupro por vergonha de admitir o que houve ou pela chance de ganhar um milhão de reais. E temos que levar em consideração que o caso aconteceu na globosta, que está louca pra ter sua audiência aumentada de qualquer forma.

Olha vou dar outro exemplo da minha vida. Eu conheci uma garota quando tinha 12 anos. Era minha paixãozinha de colégio. Nunca ficamos na época e perdemos contato. Vários anos depois, quando eu tinha uns 18/19 anos, uma amiga dela começou a namorar um amigo meu. E ela voltou a andar no meu grupo de amigos. Durante uns 4 meses, nós não ficamos. As vezes ficávamos abraçados, as vezes andávamos de mãos dadas, se eu ficasse com outra garota ela ficava puta, chamava a menina de vagabunda e ficava uma semana brava. Mas nunca ficamos. Até que certo dia, ela apareceu bêbada na praia a noite. Eu também tinha bebido, mas não tanto quanto. Estava só alegre. Ela pediu então que eu fosse junto com ela procurar a Joyce (a amiga em comum) e o Robertinho. Fomos andando, não achamos ninguém na orla, então fomos procurar na areia. Quando chegamos perto do mar, ela me agarrou, me beijou, disse que fazia tempo que queria fazer aquilo mas não tinha coragem. Eu também queria, óbvio.

O foda foi, no dia seguinte, ela ter insinuado que eu a agarrei enquanto ela estava bêbada e que ela não queria ter ficado comigo.

Agora me digam, será que posso ser considerado um estuprador, que não respeita as mulheres? O detalhe engraçado é que depois disso, obviamente cortei contato completo com ela, mas na outra vez que a encontrei bêbada, ela pediu perdão, disse que se arrependia e que queria ficar comigo de novo. Óbvio que eu não cheguei nem perto.

O que quero dizer, é que existem SIM estupradores, e TODOS eles tem SIM que se fuder. Mas será que esse cara é a bandeira certa, ou foi só pego pra pato? Não estou mesmo defendendo ele. Ou falando que existem estupros "socialmente permitidos". Só que é fato que muitas pessoas (homens e mulheres) se soltam quando bebem, e é injusto PRA CARALHO assumir que só o homem é filho da puta numa situação dessas. Mesmo que seja na maioria das vezes.

Agora, passar de uma pegação que os dois queriam e esquentou pra estupro, é um passo MUITO longo. E que eu acho perigoso de se dar sem conhecer os detalhes. Mas até ai, é só opinião minha. Amanhã vou continuar, falando de outro assunto bem polêmico também.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Caverna do dragão

Capítulo 1


            Terry estava nervoso. Após horas se revirando na cama, ele finalmente havia se dado por vencido, percebido que não conseguiria dormir, levantado e ido até o refeitório.
            Aquele era o dia mais importante de sua vida. O dia em que provaria que seu pai não era louco. Que provaria, que apesar da pouca idade, ele era um cientista muito capaz de liderar um dos maiores projetos científicos do mundo.
            - Não conseguiu dormir também?
            Terry olhou para o lado. Era Andrew, um dos cientistas que mais o apoiara durante todo o tempo em que trabalharam no projeto.
-        Você sabe que seria impossível dormir hoje. Fiquei me revirando na cama a noite inteira.
-        Imagino – disse o amigo. - Ainda mais por que aqueles militares pés no saco estarão aqui também. Acho até que eles já chegaram. Me dá nos nervos que nós estejamos na frente da maior descoberta da história da humanidade e não podemos divulgar nada pra ninguém.
-        O que me incomoda mesmo é aquele Jebediah. Não sei por que diabos deixaram um civil patrocinar o projeto. Uma coisa eu digo, aquele cara é podre até os ossos.
-        Ninguém fica bilionário do dia pra noite, como ele ficou, só com ações da bolsa – concordou Andrew. - Com certeza ele não presta. Mas é só um civil querendo lucrar mais do que deve. Não me importo mesmo tanto com eles.
            Depois disso, a conversa ficou mais leve. Falaram sobre o tempo, sobre o que fariam quando vendessem a patente da máquina, sobre seus nomes nas capas de todas as revistas e sobre como continuaria sendo difícil, mesmo ficando ricos e famosos, que alguma mulher quisesse algo com eles (maldito estigma de que cientistas são todos nerds).
            Após mais algum tempo conversando, ambos se levantaram. Os militares finalmente haviam chegado e era hora deles imortalizarem seus nomes no hall da fama da ciência.
            Andaram até o elevador e desceram uns vinte andares, até o imenso galpão onde a máquina se encontrava.
            O galpão era imenso. Na verdade, tudo ali parecia ter saído de um filme de ficção científica. A máquina era descomunal. Qualquer pessoa se assustaria com o tamanho dela. Possuía diversos tubos redondos e um grande circulo central bem no centro. Deveria ter aproximadamente uns cinco metros de altura. Vários cientistas faziam alguns últimos ajustes em todas as partes da máquina.
            Afastados uns três metros, estavam os cinco militares. Todos tinham mais medalhas do que espaço livre na roupa. Eram sem sombra de dúvidas das mais altas patentes.
            Acompanhando os militares, alguns assessores do governo e Jebediah.
            - Bom dia. - disse Terry a todos, cumprimentando um por um. - Como estão todos?
            Todos responderam com alguns resmungos, menos Jebediah que parecia genuinamente feliz. Terry sabia que todos os militares consideravam estar ali naquele momento uma perda de tempo.
            - Sem querer parecer rude filho, não gostaríamos de perder nosso tempo aqui. Quando poderemos ver a máquina em ação? - disse o militar que parecia ser o mais graduado de todos eles.
            - Agora claro. - respondeu Terry. - Por favor, sentem-se. Vou lhes explicar como funciona a MAGGIE.
            - Como todos sabem – continuou Terry após todas as pessoas tomarem seus lugares – Meu pai foi o idealizador deste projeto. Com sua morte, eu tomei a frente e graças a ajuda financeira de Jebediah, além desta experiente equipe que trabalhou comigo, conseguimos completar está máquina, que eu apelidei de MAGGIE em homenagem a minha mãe, que faleceu junto de meu pai.
            - Meu pai acreditava que o nosso universo não é o único. Muitos cientistas concordam embora não tenham provas, porém como vocês sabem, até o último dia de vida, meu pai jurava que ele havia vislumbrado um outro mundo, naquele estranho acidente de montanha russa que aconteceu alguns anos atrás no qual cinco crianças desapareceram. Ele então se aprofundou nos estudos sobre os universos paralelos e através de seus cálculos, criamos a MAGGIE. Infelizmente ele morreu antes de ver sua obra pronta. Mas posso garantir a vocês, que MAGGIE é capaz de abrir uma brecha entre diversos universos. Claro ainda não somos capazes de atravessar. E pra falar a verdade, a janela em que vislumbramos o que quer que tenha do outro lado é mínima. Mas conseguimos provar que existem mesmo multiversos e com o tempo e tecnologia adequados, talvez sejamos capazes de criar portais maiores. Alguém tem alguma dúvida?
            Alguns agentes do governo fizeram perguntas sobre o funcionamento de MAGGIE, como ela podia abrir espaços entre os universos, entre outras, mas por serem questões muito técnicas e que definitivamente não influenciam em nada nessa história, o melhor a fazer é se pular para a parte em que eles finalmente ligaram a MAGGIE.
            Um barulho ensurdecedor começou a tomar conta do ambiente. Diversas luzes piscavam e raios azuis de energia eram disparados para todos os lados. No princípio tudo aquilo parecia normal para os cientistas (embora os militares e demais pessoas do governo estivessem realmente assustados com aquilo tudo), porém, um dos cientistas berrou:
            - Terry, não sei o que está acontecendo. Não consigo controlar a energia da MAGGIE, os botões não respondem.
            Outro cientista disparou:
            - As energias estão a 170% e não consigo reverter. Continua subindo. Precisamos fazer alguma coisa ou MAGGIE vai explodir.
            As luzes começaram a piscar. Lâmpadas explodiam. Os cientistas corriam de um lado para outro como loucos, sem saber o que fazer. Terry berrava instruções que se perdiam no meio do barulho e da multidão. Os raios começaram a sair da máquina com cada vez mais força. O grande arco central, revelava (para os que não estavam nervosos demais para reparar em qualquer outra coisa) uma paisagem que definitivamente não era de nosso mundo.
            Os raios começaram a ricochetear por todo o ambiente com mais força. Atingiu um dos militares, que foi jogado ao ar antes de ser carbonizado. Gritos de horror tomaram conta do ambiente.
            Um a um, todos os cientistas foram atingidos. Os militares tentavam correr, mas de nada adiantava.
       Terry tentava desesperadamente reverter o que quer que estivesse acontecendo. Mas de nada adiantou. Um dos raios o atingiu nas costas. Ele sentiu seu corpo ser jogado ao ar e queimar. Apesar da coisa toda ter durado menos de três segundos, foi a pior dor que ele havia sentido na vida. Era como se todos os seus átomos estivessem se rasgando. Com um grito de dor, Terry ainda teve tempo de ver Andrew ser esmagado por um pedaço de MAGGIE que desabava, antes de tudo escurecer.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Baseado numa conversa estúpida de bar. (por que nem todas as histórias precisam ter sentido ou uma moral)

Era tarde da noite.
Ele estava no bar, bebericando um bom whisky. A garota olhava para ele insistentemente. Ele lutava com todas as forças para controlar seu impulso de se levantar e ir puxar assunto, mas sabia que não adiantaria e mais cedo ou mais tarde tentaria uma aproximação. Mas ele gostava disso. Esse jogo de olhares era definitivamente uma das coisas de que mais gostava. Bebeu mais um pouco de seu whisky.

Diabos. Ele sabia que não adiantaria nada ficar esperando. Teria que seguir seu instinto. Tomou coragem, levantou e sem dizer uma palavra sentou ao lado dela.

- Noite fria não? – disse para puxar assunto.

- Um pouco. – Respondeu a garota – Meu nome é Karen e o seu?

Ele respondeu e começaram a conversar. Falaram sobre os mais variados assuntos. Política, religião, o fim do mundo em 2012. Parecia que se conheciam há anos. As garrafas de cerveja e copos de caipirinha não paravam de chegar à mesa. Estava próxima a hora em que ele faria a proposta de saírem dali e ir para um lugar mais reservado, que ela aceitou prontamente.

Seu carro estava um pouco longe, por isso foram andando pelas ruas escuras da madrugada. Começaram a se beijar em um beco escuro, próximo ao lugar onde se encontrava o carro dele.
Mãos avançavam por ambos os corpos com paixão e ardor. O tesão ia subindo por ambos. De repente, sem que ele percebesse, já estava colocando a mão por dentro de seu próprio agasalho e puxando algo.

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. – foi o grito horrível que se seguiu.

O homem chegou a sua casa. Em uma das mãos segurava um facão ensanguentado. Na outra, um embrulho sangrando. Pegou uma chave em cima da mesa e abriu a porta de um quarto. Em todas as paredes do quarto, haviam diversos seios, nos mais diversos formatos e tamanhos. Negros, brancos, rosados, escuros, grandes, pequenos. Alguns recortes em cima da mesa mostravam reportagens sobre um serial killer, que havia sido denominado “o caçador de seios” por sempre cortar rudemente com uma faca os seios de suas vítimas. Ele abriu o embrulho, pegou sua nova aquisição e colou em um dos poucos lugares da parede em que ainda não haviam seios. Ficou parado admirando sua obra. Sabia que mais cedo ou mais tarde a vontade viria novamente, não importa o quanto ele fosse lutar contra ela.

E a vontade veio. Algumas semanas após o ultimo ataque. Lá estava ele, mais uma vez no bar. Uma ruiva descomunal não parava de trocar olhares com ele. Era a parte que ele mais gostava. Escolher sua próxima vítima. Entre um gole e outro do whisky se aproximou da mulher.

Conversaram sobre tudo. Essa mulher tinha algo de diferente, ele pensava. A conversa com ela fluía mais fácil que o normal. Ele quase não queria fazer aquilo novamente. Quase.

Após pouco tempo de conversa, sugeriu que fossem para outro lugar. A mulher prontamente aceitou. O carro dele estava um pouco longe, então teriam que andar algumas quadras na madrugada escura e vazia.

O tesão começou a crescer entre eles. Começaram a se beijar em um beco qualquer, escuro e vazio.

Mãos avançavam por ambos os corpos. De repente, sem que percebesse, as mãos já estavam novamente na faca.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH – um grito horrível se seguiu, mais angustiante que o anterior.

E no dia seguinte, a notícia da primeira página do jornal dizia: “A colecionadora de pênis ataca novamente”.

Balanços de 2011

Como quase todo mundo deve saber 2011 foi um ano péssimo pra mim. Foi o ano em que larguei a faculdade, o ano em que me senti mais usado e lixo do que sempre, o ano em que praticamente todas as pessoas que conheci não valeram de nada.

Foi o ano em que encontrei um amor, que não me encontrou, mas guardo no coração. Foi o ano em que quase joguei tudo pro alto várias vezes.

Foi também o ano em que voltei a escrever meu livro. Foi um ano que eu também percebi que talvez não seja tão azarado quanto eu penso. Várias coisas que poderiam ter dado errado deram certo por sorte, mesmo eu reclamando muito, muito mesmo de todas elas.

Por isso mesmo, não vou falar de 2012. Não vou fazer planos. Nem traçar metas.

Na verdade até estou mais feliz. Não que eu ache que alguma coisa como uma simples mudança normal de datas vai mudar alguma coisa, ou acredite em numerologia ou algo assim.

É só o fato de que nunca traçar planos no começo do ano dá certo. Então vou fazer o que tenho que fazer, pra primeiro gostar mais de mim, depois correr atrás das outras coisas. Ou melhor, nem correr atrás, simplesmente esperar que as coisas aconteçam na hora em que tem que acontecer. Não significa que ficarei parado esperando. Pelo contrário, vou me esforçar bastante.

Enfim, 2012 é um ano que eu espero melhorar alguns pontos da minha vida e deixar de me lamentar tanto, ficar mais relaxado.

O ano já começou estranho. Estava em um sítio em minas, em que fiquei só segurando vela e sem luz uns 2 dias, tomando banho gelado no meio do mato e contando histórias de terror a noite. Mas mesmo assim, foi gostoso. Conheci pessoas legais, interessantes, revi amigos, matei saudades.

Voltei a jogar video game (alias Uncharted 2 é muuuito bom. E tem um jogo chamado Katherine também. Tudo de bom).

E são coisas assim que me farão feliz esses anos. Mal posso esperar pra saber o que a vida me reserva e quais serão minhas aventuras esse ano, pois tenho certeza que terei muitas.

Um abraço bem grande a todos.

PS: Parei um pouco de escrever os livros. Resolvi começar a escrever alguns contos. Acho que não adianta escrever quando a história não está saindo do lugar. Já tenho dois contos aqui, os quais serão publicados amanhã.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

feliz 2012 pra todos

titulo auto explicativo. Foi só um post pra dizer que o blog não morreu. Depois conto como foi minha virada de ano. Nem vou falar de planos por que não gosto de fazer nenhum.

E fazer um balanço de 2011 que foi de longe o pior ano da minha vida, que pode ser 99% jogado no lixo. E o que espero pra 2012.

Enfim, é isso. Ninguém vem mais aqui, mas acho que sempre foi assim que preferi. O que eu gosto é de escrever não necessariamente que os outros leiam.

Até