quarta-feira, 11 de abril de 2012

polêmicas

Tinha mais um causo pra contar. Ia fazer um post sobre isso, mas fiquei com preguiça. Então vou só fazer uns comentários básicos sobre a polêmica do dia, o aborto de fetos anencéfalos.

Por incrível que pareça, apesar de fazer faculdade de direito, eu não estava nem tchums pra essa questão.

Hoje recebi um sms da querida Alexandra Gurgel, falando sobre o tema, então comecei a acompanhar no site da Globo, Uol, Terra e outras mídias. 

Sou meio cabeça dura. O que eu acho eu dificilmente mudo de opinião. Até respeito a de outros, e quando vejo que estou sem razão, concordo, por dentro fico emburrado por saber que estou errado, mas continuo "errando" na opinião.

Então não vou mudar sobre esse assunto também. Acho até válido que a bancada evangélica e católica entrem contra a votação a favor do aborto de anencéfalos, mas achei ridículo eles quererem o impeachment de um dos ministros, por em 2008 ele dar uma entrevista a revista Veja em que se dizia a favor do aborto.

Particularmente eu sou a favor por diversos motivos que a seguir exponho (ok, nem são tantos motivos assim, mas enfim):

1- A vida é de cada um. Só uma mulher que carrega um feto destinado a morrer em poucas horas ou dias de vida pode saber o que é melhor para ela.

2- Ninguém pode forçar sua religião a ninguém.

Acredito ser o segundo ponto o mais importante.

Eu acredito em Deus. De verdade mesmo. Por já ter visto e presenciado várias coisas, sei que Ele existe. Até brinco que gostaria de ser ateu, mas com minha experiência de vida seria estupidez achar que morreu acabou.

O problema ai é: existem MILHARES de religiões. E pode ter certeza absoluta, se um evangélico ou católico fala "Eu sinto a presença de Deus, eu sei que ele é real, existe e é como a Bíblia diz." um espirita, integrante da Umbanda, Candomblé, Quimbanda, Budista, Judeu, Testemunha de Jeová, Indígena com suas crenças, TAMBÉM sentem o mesmo em relação a seus deuses. Caso não sentissem, não seguiriam a religião.

Isso se inclui também a ateus. Eles não acreditam, e é um direito deles não acreditar. E a cada argumento de "Eu sinto ser real" ele pode ter um "Eu nunca senti". E a verdade é, até morrermos, nenhum de nós sabe exatamente como é a morte. Mesmo com certeza absoluta que o céu é do jeito que determinada religião diz ser, pode ser que quando morrermos, o Deus seja o bíblico, mas o céu seja algo tipo o Valhalla. (alias, não sei se seria bacana um céu com lutas infinitas).

O que quero dizer com isso, é que entendo quem tem a crença absoluta de que Deus quis que o feto fosse gerado sem cérebro, ou que matar esse feto é destruir uma vida.

Nem vou entrar na extensa questão de quando a vida começa. Se a partir da união do óvulo com o esperma, após alguns dias, ou o que seja. Nem naquele papo ridículo e piadístico de "então se eu me masturbo estou cometendo um genocídio?" Não é esse o caso.

O caso é: Será que é justo, por SUAS CRENÇAS pessoais, impedir alguém que NÃO COMPARTILHA dessa crença, de decidir o que é melhor PRA PRÓPRIA VIDA?

Eu particularmente acredito em Deus. Mas nunca obrigaria a alguém que não acredita a agir de determinado modo, simplesmente por que do meu ponto de vista é o certo.

Exemplo, testemunhas de Jeová que não aceitam doação de sangue. Seria justo, se fosse a religião dominante no Brasil e por isso uma bancada "Jeovasística" votasse a favor de uma lei que proibisse transfusão de sangue no país?

Acredito que as pessoas que não seguem essa fé, pensariam tratar-se de um absurdo tal proibição. E guardadas as devidas proporções entre aborto e doação de sangue, o fato é que ambos podem tirar uma vida, caso a pessoa não receba a transfusão por exemplo.

Enfim, era o que tinha a falar sobre o tema.

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Agora, pra descontrair, o causo, já que estou a fim de escrever.

É nojento, mas verdadeiro. O tipo de causo que costumávamos chamar de "too much information". Ou seja, "cara, por que você falou essa merda? Eu podia dormir sem pensar nisso".

Não tem NADA pior do que ficar com dor de barriga no meu serviço.

Imaginem que tem um homem que MORA no banheiro praticamente (ele trabalha na limpeza e fica lá durante todo o horário de serviço dele, lendo revistas, ouvindo música, etc).

Agora imagine que ele tem asma, ou alguma outra coisa estranha que afeta o pulmão, e ele respira igual o Darth Vader.

Quando ele não está lá, mas está chegando, você escuta de longe a respiração e já pensa "putz agora ferrou".

É sério, não dá pra fazer necessidades com o Darth Vader cafungando nas suas costas. Ai só resta esperar o final do expediente e vir correndo pra casa.

Sad but is true.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Só comigo

Eu hoje estou muito, muito, MUITO depressivo.

Alias, não só hoje, mas quase sempre. Várias merdas acontecendo pra variar. Cada vez mais tenho certeza que sou uma frigideira (e não é pra ninguém entender mesmo rs).

Mas não quero falar disso.

Estava eu no ônibus, indo pra faculdade, quando senta um velho do meu lado. Era aqueles velhos que tem um cheiro característico de fralda geriátrica vazada sabe? Ou que parece que já está em estado de putrefação mas esqueceram de avisar as células que na verdade ele ainda é um organismo vivo.

Enfim. Senta lá o velho do meu lado, e começa a falar da vida. De quando era moço, isso e aquilo.

De repente ele me pergunta quantos anos eu acho que ele tem. Sem maldade, eu falaria entre 75 a 80.

Mas para ser bonzinho e educado, disse 60.

Ai ele "eh por que eu me cuido bem. Na verdade tenho 70 anos".

Depois ele vira e fala "E você, quantos anos tem?"

Eu respondo.

E ele assim "Só isso? Que cara de velho você tem. Já tá muito acabado. Pelo visto vai morrer cedo".

Agora fala sério, eu mereço? Má que véio fiadaputa.